18 de fevereiro é o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo. Hoje, 18 de fevereiro de 2.025, vejo dois grandes temas que precisariam ser discutidos com relação a esse assunto.
O primeiro seria como conscientizar a sociedade a respeito da (evidente) relação entre o consumo de álcool e a experimentação de outras drogas, como o crack, por exemplo. É um problema complexo – no Brasil, a vida alcoólica, na média, se inicia aos 12 anos de idade, e não dá para jogar a solução de todos os pecados do mundo nas costas pra lá de sobrecarregadas dos professores, em especial os da rede pública.
O segundo seria discutir a responsabilidade da indústria do álcool sobre os atendimentos do SUS – cirroses, hemorragias digestivas, acidentes de trânsito, facadas e sabe lá Deus mais o quê. Engana-se quem acha que comunidades terapêuticas ou clínicas de recuperação são a ferramenta de tratamento das sequelas da dependência química: o grande depósito do subproduto da indústria do álcool está mesmo é nos hospitais gerais.
Muitos falam da suposta liberdade que todos temos para nos matarmos – mas a sociedade amadurece. Já se discute como lidar com a liberdade de quem mal tem como se manter para apostar a própria miséria numa bet ou como fazer com o vício digital infantil no âmbito escolar, inclusive no que diz respeito às práticas de tortura mental que se convencionou chamar de cyberbullying.
Desmond Tutu, religioso que enfrentou o racismo da África do Sul, observou que o universo é moral – e, por isso, caminha para a evolução.
O universo é moral – superarmos, todos nós, a dependência química é questão de tempo para amadurecer e bom ânimo para persistir.