Na cidade de São Paulo, discute-se sobre a liberdade de matar. Uber e 99 Táxi passaram a fazer a corretagem de garupas de motocicleta, acenando com o aumento de milhares de viagens por dia – num mercado que, antes delas, já matava quase duas pessoas por dia, fora os leitos de hospital.
A Prefeitura luta para proibir, o desfecho judicial é incerto. Talvez seja o caso de considerar a necessidade de gerar renda e rapidez no tráfego, dizem as empresas.
Mas a necessidade mesmo é de discutir essas coisas – o que é morte em nome de liberdade, o que é ganho de alguns em face do prejuízo (ou da tragédia) de outros.
São discussões que a sociedade precisará cada vez mais fazer – porque pessoas e situações mudam conforme passam tempo e experiências.
Não será diferente com álcool e doença do alcoolismo – ou liberdade e dependência química. Essa é outra discussão que mais dia, menos dia será preciso fazer.
Assim como as pessoas, necessidades mudam.