Paulo Leme Filho escreveu seu primeiro livro com o pai, Paulo de Abreu Leme, em 2015: “A Doença do Alcoolismo” é um relato corajoso de dois dependentes que conseguiram se recuperar, e decidiram dar a sua contribuição para ampliar o debate e chamar a atenção para os perigos desta doença silenciosa, sorrateira, da qual nenhuma família pode se considerar imune. “O Bonequinho” (2.024) é o mais recente livro de Paulo Leme Filho, no qual o autor aborda a dependência química à luz de preceitos da doutrina espírita.
Paulo Leme Filho escreveu seu primeiro livro com o pai, Paulo de Abreu Leme, em 2015: “A Doença do Alcoolismo” é um relato corajoso de dois dependentes que conseguiram se recuperar, e decidiram dar a sua contribuição para ampliar o debate e chamar a atenção para os perigos desta doença silenciosa, sorrateira, da qual nenhuma família pode se considerar imune. “O Bonequinho” (2.024) é o mais recente livro de Paulo Leme Filho, no qual o autor aborda a dependência química à luz de preceitos da doutrina espírita.
Em meio a uma sociedade encharcada de preconceitos e em que todos buscam aparentar segurança, sucesso e felicidade, Paulo de Abreu Leme, médico, e Paulo Leme Filho, advogado, lançaram, em 2015, o livro A Doença do Alcoolismo, no qual expunham não apenas seu entendimento sobre a doença, mas a própria doença neles mesmos. Em abstinência, respectivamente, desde 1989 e 1996, o livro chamou a atenção pelo ineditismo da situação dos próprios autores ― era raro que se falasse abertamente sobre o assunto, ainda mais em se tratando de pai e filho. Paulo de Abreu Leme desencarnou em 2022, aos 82 anos, mas deixou, ao menos para aquele filho, uma mensagem simples e direta: nunca se conformar ― e jamais ter medo de lutar por aquilo em que se acredita. A frase não é originariamente dele, mas o pai sempre repetia que o medo, antes de tudo, é um grande blefador. Embora saiba que a expressão não é exatamente adequada, Paulo Leme Filho se converteu ao Espiritismo em março de 2020 ― e acredita que não pode ter medo de tentar contribuir com o que lhe cabe: trazer para o debate público questões que dizem respeito às dificuldades que atingem, em especial, os mais jovens, com base em sua própria experiência e aprendizado.
Editora: Scortecci Editora (2024)
Idioma: Português
Capa comum: 192 páginas
ISBN-10: 8536665505
ISBN-13: 978-8536665504
É de fácil aceitação a ideia de que, para superar um inimigo, deve-se, acima de tudo, conhecê-lo tão bem quanto a si próprio. Porém, em se tratando da doença do alcoolismo, aquele velho adágio tem aplicação prática que beira o nada. Boa parte dessa cegueira, a toda evidência, se relaciona à não menos velha percepção de que o portador da doença do alcoolismo, longe de ser um doente (como doente é quem tem diabetes ou hipertensão), nada mais é do que uma pessoa de baixo caráter, um fraco do espírito ou um irresponsável moral – ideias que, associadas à triste imagem do bêbado sujo caído ao chão, fortalecem e frutificam o preconceito da parte dos familiares e, por incrível que pareça, do próprio doente. O inferno pessoal, portanto, explica o tabu. E é exatamente esse preconceito, entre os que sofrem, que explica a lastimável omissão dos que se dizem autoridades públicas quanto ao assunto, mais preocupados em preservar suas posições pessoais do que encarar aquilo que consideram um verdadeiro campo minado de ordem político-eleitoral (para não dizer eleitoreira). A doença de alcoolismo aflige, no mínimo, 10% da população brasileira (sem contar a família do doente), com o que exerce papel de protagonismo na violência doméstica, nos acidentes de trânsito e nos custos relacionados à saúde pública e previdência social. Se não for a primeira, está entre as três maiores causas de morte no mundo.
Editora: Scortecci (2015)
Idioma: Português
Capa comum: 152 páginas
ISBN-10: 8536640413
ISBN-13: 978-8536640419