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Bebida adulterada com metanol mata brasileiros

As garrafas de destilados estão sendo adulteradas e vendidas ilegalmente no Brasil. Os primeiros casos de intoxicação surgiram no fim de agosto, mas foi apenas no final de setembro que os hospitais de São Paulo começaram a perceber algo estranho. Os pacientes chegavam com sintomas parecidos aos de uma ressaca forte, mas evoluíam rapidamente para visão turva, falta de ar e coma. Os médicos cruzaram as informações, perceberam que essas pessoas não haviam ingerido combustível, e sim bebidas compradas em bares e festas. Os casos – quase 200 com duas mortes confirmadas – chocaram e trouxeram a realidade da falsificação de bebidas para o debate público.

O governo brasileiro anunciou a compra de dois antídotos, fomepizol e etanol farmacêutico, para reforçar o tratamento de intoxicações por metanol no país. Ao mesmo tempo as Polícias Federal e Civil intensificaram as buscas por fábricas clandestinas.

Não há consumo 100% seguro. Especialistas reforçam que, neste momento, nenhuma bebida pode ser considerada totalmente segura. O risco maior, porém, está nos destilados, especialmente os incolores, como a vodca e a cachaça.

Panorama atual

Foram 195 casos de intoxicação registrados até dia 4 de outubro segundo o Ministério da Saúde. A maioria em São Paulo, mas também há notificações em Pernambuco, Bahia, Paraná, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.

O líquido parece álcool comum: é incolor e tem cheiro parecido. Ele é usado na fabricação de combustíveis, solventes, tintas e produtos químicos — mas, quando ingerido, é extremamente tóxico.

O fígado metaboliza o metanol em compostos venenosos, como o formaldeído e o ácido fórmico. Essas substâncias atacam principalmente o cérebro e os olhos — o que pode causar cegueira, sequelas neurológicas graves, coma e até a morte.

Alerta de sintomas

Fonte: Poder 360

Investigações

Há duas linhas de investigação para apurar as intoxicações. Uma avalia se essas as instalações usam metanol para “limpar” as garrafas reutilizadas antes de enchê-las com bebidas falsificadas. Nesse caso, ao entrar em contato com o recipiente, o metanol deixa resíduos tóxicos que acabam sendo ingeridos pelos consumidores. A outra, indica que o crime organizado entrou no negócio para escoar o excesso de metanol contrabandeado e que deveria servir para “batizar” os combustíveis.

 

Com agências de notícias

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